Saúde de morador em situação de rua é tema de debate entre parlamentares
Programa da Secretaria Municipal da Saúde, que leva atendimento à população desabrigada, foi questionado pelo vereador Aurélio Nomura durante reunião
O terceiro encontro dos membros da Subcomissão de Moradores em Situação de Rua, realizado nesta quarta-feira (7/10) no Palácio Anchieta, abordou o atendimento oferecido pela Secretaria Municipal da Saúde à população em situação de rua por intermédio do programa “Consultório na Rua”. Formado por médicos, enfermeiros, assistentes sociais e agentes de saúde, o projeto conta com 18 grupos distribuídos pelas regiões Centro, Norte, Sul, Leste, Oeste e Sudeste do município e tem o objetivo de atender pessoas que não vão até as Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Relator da subcomissão criada no âmbito da Comissão de Finanças e Orçamento, o vereador Aurélio Nomura quis saber principalmente sobre a localização dos consultórios e os critérios adotados para o atendimento dos moradores em situação de rua. “Quantas pessoas em situação de rua são atendidas diariamente por região é como é feita a escolha dos consultórios na rua?”, indagou o parlamentar. “Como a equipe é dimensionada de um lugar para o outro?”.
Quem respondeu foi a assistente técnica da atenção básica Maria Inês Bertão, uma das representantes da pasta da Saúde enviadas no lugar do secretário Alexandre Padilha. “Todo ambiente de atendimento e a divisão são feitos pela Secretaria da Saúde de acordo com o Censo realizado. Onde tem mais serviços assistenciais e pessoas nessa situação tem mais Consultórios na Rua”, disse ela, acrescentando não ter os números de atendimento naquele momento, mas se comprometeu com o envio posterior à Subcomissão.
Representando a Secretária Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciana Temer, a coordenadora de proteção social especial da pasta, Isabel Bueno, apresentou aos parlamentares um resumo dos serviços oferecidos à população em situação de rua. A desativação de tendas (espaços criados para garantir o atendimento com atividades dirigidas ao desenvolvimento de sociabilidade) foi questionada pelos vereadores. “Todos os que utilizavam os serviços das tendas serão atendidos por outros serviços”, explicou Isabel. “Vamos transformar as tendas em Centros de Convivência para que as pessoas tenham um espaço e atendimento mais adequados.”
*Vereador Aurélio Nomura é membro da Comissão de Finanças e Orçamento e relator da Subcomissão de Moradores em Situação de Rua
Leia também:
Gastos da Prefeitura com quem vive nas ruas devem ser investigados, diz Nomura
Padre Lancellotti pede auditoria para Subcomissão de Moradores de Rua