São Paulo tem áreas críticas de contaminação

Afirmação foi do próprio gerente de Departamento de Áreas Contaminadas da Cetesb na reunião da Comissão de Meio AmbienteComissao_meioabiente_001

As áreas próximas ao shopping Center Norte, zona Norte, e Jurubatuba, zona Sul, são as regiões mais críticas de contaminação em São Paulo. A afirmação foi feita pelo gerente do Departamento de Áreas Contaminadas da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Elton Gloeden, durante a reunião na terça-feira (11/06) da Comissão Extraordinária Permanente de Meio Ambiente, presidida pelo vereador Aurélio Nomura.

O especialista foi convidado pelos parlamentares para apresentar aos vereadores quais são as áreas contaminadas na capital paulista e as ações desenvolvidas pela Cetesb. Segundo Gloeden, em 2011 o Estado tinha 4.131 áreas com problemas e, no relatório elaborado pela companhia com dados de 2012 e que será apresentado à população nos próximos dias, esse número passou para 4.572. “As áreas contaminadas aumentaram e os postos de combustíveis estão entre os responsáveis por esses índices”, afirmou Gloeden.

Ainda de acordo com o gerente, as áreas contaminadas próximas ao shopping e na zona Sul oferecem riscos à saúde. “A situação está controlada, mas na zona Norte temos a presença de metano, e na zona sul, solventes halogenados.  No primeiro caso, a substância pode causar explosão; já no segundo, pode causar doenças e contaminar a água subterrânea”, explicou Gloeden.

Na região de Jurubatuba estão instaladas duas empresas exploradoras de água e isso preocupou muito os parlamentares e será pedido um laudo para o Departamento Nacional de Produção de Água Mineral para saber se a qualidade da água é apropriada para o consumo.

 Moradias
Durante a reunião, o diretor da construtora Bueno Netto, Luciano Amaral, compareceu para falar sobre o conjunto residencial “Jardim da Barra”, na Zona Oeste. O terreno estaria contaminado com metais pesados.

“O terreno onde foram construídas as 1.400 unidades habitacionais passou por todos os procedimentos necessários para a reabilitação do espaço e nós tivemos a autorização da CETESB e Decont (Departamento de Controle da Qualidade Ambiental) para uso da área para moradia”, explicou.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente, vereador Aurélio Nomura (PSDB), quer ouvir também o diretor do Departamento de Controle da Qualidade Ambiental, Luiz Fernando Romano Devico, que havia sido convidado para a reunião. “O diretor do Decont não compareceu e não nos deu nenhuma explicação. Isso é falta de respeito com os vereadores e, caso ele não nos dê uma posição até sexta-feira (14/06), vamos fazer a convocação dele no Plenário”, afirmou o parlamentar

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