Arco Tietê

Prefeitura de São Paulo não planeja a cidade

Não arquitetar a cidade causa consequências irreversíveis

O Projeto de Lei nº 721/2015 enviado pelo prefeito Fernando Haddad à Câmara Municipal de São Paulo, que visa alterações viárias para o subsetor Arco Tietê da Macroárea de Estruturação Metropolitana, aprovado na Sessão Extraordinária desta quarta-feira, 24 de agosto, é a prova de que a malha viária da cidade está sendo mal planejada. Aurélio Nomura, líder do PSDB na Câmara, foi o único vereador que votou contra o projeto.

Este projeto inclui propostas que vão piorar ainda mais a mobilidade na região e afetar a qualidade de vida dos moradores locais e da proximidade. “Este projeto vai desapropriar mais de cinco mil imóveis, afetando mais de 450 mil pessoas em uma área de mais de seis mil hectares entre as rodovias Anhanguera e Presidente Dutra, passando por bairros como Vila Maria, Vila Guilherme, Santana, Tucuruvi, Casa Verde, Cachoeirinha, Freguesia do Ó, Brasilândia, Pirituba, Lapa, Sé e Mooca”, explicou.

Outra consequência desse projeto é a completa descaracterização de bairros tradicionais da capital. “Mais uma vez, a Prefeitura não dá a mínima importância para a história de vida das pessoas, ou com os laços que as famílias estabeleceram ao longo de muitos anos”, falou Nomura.

Sem previsão orçamentária para o início das obras e desapropriação Nomura questiona de onde virá o dinheiro. “Na Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovada para 2017 não prevê investimento para as obras do Arco Tietê, por isso não entendo como ficarão estas pessoas que vivem nesta faixa de desapropriação. Este projeto é de um custo tão grande que neste que apesar de entender a necessidade de investimento na mobilidade urbana, acredito que neste momento a saúde e a educação estão mais carentes”, finalizou.

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