Embaixador Edmundo Fujita dá nome a UBS no Ipiranga
O prefeito Bruno Covas sancionou na terça-feira, 29, a Lei que denomina “Embaixador Edmundo Sussumu Fujita” a Unidade Básica de Saúde Sacomã, localizada na Estrada das Lágrimas nº1403, região do Ipiranga. A Lei é de iniciativa do vereador Aurélio Nomura.
“É uma justa homenagem a este diplomata que serviu o Brasil em vários países e sempre esteve à frente nos esforços para a melhoria da saúde, seja na Organização Mundial da Saúde e também junto ao governo brasileiro”, justificou o vereador Aurélio Nomura.
Edmundo Fujita foi embaixador do Brasil em Jacarta, Indonésia (2005-2009) e na Coreia do Sul (2009-2015), sendo o primeiro nikkei da história do Ministério das Relações Exteriores a alcançar o topo da carreira diplomática.
Após formar-se em Direito na USP e cursar o Instituto Rio Branco, iniciou sua carreira no Itamaraty como Terceiro-Secretário, em 1976, onde atuou com a política externa, com o estreitamento das relações internacionais do Brasil e na formulação da política externa do País, com ênfase na saúde, educação e tecnologia.
Serviu como diplomata em Londres (1979-1982), Tóquio (1982-1985) e Moscou (1985-1988) e Nova Iorque (1990-1995), ocupando o posto de representante no Conselho de Segurança das Nações Unidas, tendo participado ativamente da promoção e proteção dos níveis de boa saúde, no âmbito da Organização Social e Mundial da Saúde. Também foi subsecretário de Análises e Avaliação da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e, da mesma forma, com atuação voltada às áreas médica e de saúde.
Especializou-se em dois temas importantes da política externa brasileira: Multilateralismo, com ênfase na não proliferação e desarmamento como único caminho para a paz mundial; e Assuntos políticos, principalmente, o relacionamento Brasil-Ásia.
Escreveu vários artigos (política, economia, cultura, etc.); recebeu inúmeras condecorações; lecionou e fez parte da banca examinadora do Instituto Rio Branco, a única escola de formação de diplomatas do Brasil.
“O embaixador Fujita costumava dizer: ‘O mais importante para um verdadeiro diplomata é compreender o sentido de cada palavra, pois ele está frequentemente às voltas com problemas desta natureza, principalmente no que se refere aos contratos firmados entre dois ou mais países’”, lembra o vereador Aurélio Nomura.
“Ele também fazia questão de manifestar seu orgulho de ser nikkei e dizia que os valores pessoais que ele carregava (a honestidade, a modéstia e a discrição), procurando sempre fazer o correto, o positivo e as coisas boas, devia muito aos seus pais e à herança cultural japonesa”, completa o vereador Nomura.
O embaixador Edmundo Sussumu Fujita faleceu dia 6 de abril de 2016, aos 66 anos, deixando uma grande lacuna na diplomacia brasileira.