Obra do Tietê Plaza é tema audiência pública na Comissão do Meio Ambiente
Moradores em torno do futuro empreendimento reivindicam medidas para barrar a construção das obras
O impacto na vizinhança causado pela construção do Shopping Tiete Plaza, na Marginal Tietê com a Av. Raimundo Pereira de Magalhães foi tema de debate na audiência pública realizada hoje (14/11) na Comissão do Meio Ambiente, presidida pelo vereador Aurélio Nomura. Para debater o assunto foram convidados os representantes da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, da Secretaria Municipal de Licenciamento, da Subprefeitura de Pirituba/Jaraguá, da Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo, da Companhia de Engenharia de Tráfego, da Associação Comercial, das Associações de Reciclagem e dos Movimentos Populares.
Além dos impactos de vizinhança também foram discutidas medidas compensatórias determinadas pela CET ao novo empreendimento. Moradores do entorno também participaram da audiência. De acordo com o superintendente da Companhia de Engenharia de Tráfego – CET, Ronaldo Tomobom, está prevista, dentre outras obras que terão de ser executadas pelo empreendimento, a implantação e a revitalização de calçadas, a instalação de três câmeras de monitoramento coloridas com wireless, além da sinalização para pedestres. Ele acrescentou que essas obras já estão sendo concluídas pela empresa.
A população que vive próximo ao futuro empreendimento reivindica melhorias no sistema viário da região. Cleto Vitor da Silva, do “Movimento Ponte Pirituba Já”, ressaltou que a principal mudança deverá ser o alargamento da Avenida Raimundo Pereira Magalhães. “A construção ajudará no fluxo viário, mas apenas isso não vai resolver o problema”, ressaltou.
O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Aurélio Nomura, afirmou que o colegiado vai continuar discutindo o tema e que irá solicitar à prefeitura que reveja a metragem mínima exigida para emissão do relatório de impacto de vizinhança. “É um absurdo que por 22 metros quadrados (o shopping terá 49.978 metros quadrados anunciados) não seja exigido o RIVI (Relatório de Impacto de Vizinhança) do empreendimento, que é obrigatório a partir de 50 mil metros quadrados”, ressaltou o vereador.
O parlamentar destacou, ainda, a importância da participação de todos na discussão do Plano Diretor, que vai nortear a expansão da cidade nos próximos 20 anos. “É importante que todos participem, porque Plano Diretor vai estabelecer os rumos desta cidade nas duas próximas décadas. É muito melhor nos envolvermos com essa questão, encaminharmos nossas propostas do que ficarmos reclamando no Facebook”, concluiu o vereador Aurélio Nomura.