Feriados na Copa devem causar prejuízos

São Paulo poderá parar nos cinco dias de jogos do Brasil e bebida alcoólica é liberada no Itaquerão; vereadores do PSDB votaram contra o projeto do Executivo

30A base do governo voltou a usar toda sua força para aprovar o projeto da Prefeitura que declara feriado o dia 12 de junho (abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão) e demais datas dos jogos do Brasil, além de liberar a venda de bebidas alcoólicas dentro do estádio nesses dias. Os vereadores do PSDB votaram contra essas propostas do Executivo.

O projeto da Prefeitura aprovado na sessão de ontem (14/04) também não levou em conta o apelo dos empresários, que reclamavam dos enormes prejuízos que terão com a decretação dos feriados.

Em seu discurso, o vereador Nomura levou ao Plenário a preocupação manifestada pela Fecomércio-SP, que congrega 154 sindicatos, e do Sindilojas, que reúne 40 mil empresas do comércio varejista.
“Cada feriado na Copa custará ao empresariado mais R$ 152 milhões de encargos. Ou seja, cada dia de feriado terá custo de cerca de R$ 563 milhões. Então, os cinco feriados custarão nada menos que R$ 2,8 bilhões”, afirmou o parlamentar.

De acordo com o vereador, estudo da Fecomércio-SP aponta ainda que, para cada 10% de trabalhadores ou de empresas que não funcionarão nos feriados nacionais, as perdas somadas nas cidades-sede e para o País será de quase R$ 15 bilhões ou mais de 0,3% do PIB.

“Diante desse gigantesco impacto na economia, a Prefeitura, que já provou não ser um bom administrador, deveria interferir o menos possível no setor produtivo. Ao invés de decretar feriados em São Paulo, deveria sim decretar ponto facultativo, deixando a critério dos empresários a possibilidade da redução da jornada trabalho”, observou o vereador Aurélio Nomura.

O parlamentar disse ainda em seu discurso que os lojistas, por meio do Sindilojas, já haviam se preparado para receber muito bem o turista, sem perderem a lucratividade, pois haviam feito um planejamento que permitia seus funcionários assistirem aos jogos e, ao final, reiniciarem o trabalho.

“Não se deve atingir a classe empresarial e tentar tapar com a peneira um problema crônico de São Paulo que é a falta de mobilidade. O custo dos feriados para a cidade é alto demais e a Prefeitura precisa reconhecer que não preparou de maneira adequada a cidade para a Copa”, disse o parlamentar.

O vereador também mostrou preocupação com a liberação da venda de bebidas alcoólicas no Itaquerão, já que além de ferir a legislação federal, o consumo pode levar a abusos e violência daquela pequena parcela de torcedores.

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