Carta-resposta do vereador Aurélio Nomura à Vejinha

O vereador Aurélio Nomura encaminhou a Veja São Paulo carta-resposta na qual rebate a citação feita pela revista de maneira descabida e sem qualquer fundamento. “O jornalista não tem nenhuma noção sobre o meu trabalho parlamentar e sequer procurou saber. Desconhece totalmente minha atuação na CPI das Áreas Contaminadas, na Comissão do Meio Ambiente, na Comissão de Finanças, e a partir de agora na Subcomissão para tratar dos serviços de iluminação pública. Também não tem conhecimento dos projetos de minha autoria que se tornaram Leis municipais e que beneficiam a população”, afirma o vereador.

O parlamentar destaca que não é candidato nas eleições 2014, e faz questão de ressaltar que esteve presente em todas as sessões plenárias da Câmara, do início até o final.

Leia abaixo a carta encaminhada à Vejinha.

São Paulo, 15 de setembro de 2014

Prezada Sra. Alecsandra Zapparoli

Diretora de Redação da revista VEJA São Paulo

Considero pertinente e importante a reportagem “Sim, eles trabalham (em causa própria)”, publicada nas páginas 34 a 38, da edição no. 38, ano 47, da Revista VEJA São Paulo. Contudo, é descabida e, no mínimo, leviana, a menção a meu nome e minha imagem (pág. 35) cuja legenda induz o leitor a crer que eu não cumpro minhas obrigações como Vereador.

A foto retrata no momento em que meu colega de bancada e líder do PSDB na Câmara, Floriano Pesaro, pede minha opinião sobre seu material de campanha. A afirmação de que “trocavam santinhos” na verdade é mera conjectura – e a informação correta poderia ser facilmente apurada caso eu, ou o próprio vereador Floriano, fosse procurado pelo repórter, como exige a prática do jornalismo. O que não se pode é tentar tornar verdade uma dedução com base numa foto.

Quero destacar que durante todo meu mandato, inclusive neste período eleitoral, tenho trabalhado intensamente na CPI das Áreas Contaminadas, da qual sou relator; na Comissão de Finanças e Orçamento, da qual sou membro desde 2013, e como tal propus à bancada do PSDB a realização do ato público na Câmara Municipal contra o aumento abusivo do IPTU, em novembro do ano passado e que tornou-se um movimento com apoio da grande maioria dos paulistanos, resultando no impedimento do reajuste pelo STJ; e na Comissão do Meio Ambiente, também como membro, que no dia 11/09 realizou vistoria no loteamento Bosque Cidade Jardim, no Morumbi, que nesta terça-feira (16/9) ouvirá as autoridades sobre as eventuais irregularidades apontadas pelo Parecer Técnico do Ministério Público como o desvio de curso d’água, aterro clandestino e supressão de mata atlântica.

Na semana passada fui eleito relator da Subcomissão criada pela Comissão de Finanças e Orçamento para tratar do serviço de iluminação pública na Capital, e que esta semana (17/9) ouvirá o Secretário de Serviços, o deputado Simão Pedro, sobre a parceria público-privada para a modernização, expansão, operação e manutenção da rede de iluminação pública de São Paulo e os investimentos do Fundo Municipal de Iluminação Pública.

O meu trabalho parlamentar inclui ainda a elaboração de Projetos de lei que beneficiam a população e que jamais foram citados por esta prestigiada revista, mas foram destaques em vários veículos de comunicação da Capital. Apenas nesta Legislatura (2013-2016) cito alguns PLs de minha autoria que se tornaram Leis Municipais: criação do Parque Augusta (n⁰ 15.941/2013); Lei que permite a participação das cooperativas de mão de obra nas licitações públicas (n⁰15.944/2013); Lei que cria vagas para gestantes e mães com crianças de colo em estacionamentos de shopping centers, centros comerciais e hipermercados (nº 15.763/2013); e a Lei que cria o Atendimento Pedagógico Hospitalar para crianças e adolescentes (nº 15.886/2013) e para o qual este ano já destinei emenda parlamentar ao Graacc, instituição que será a responsável pela capacitação desses profissionais de ensino especializado.

Entre os Projetos de Lei em tramitação na Câmara Municipal cito o PL que institui o direito das pessoas que mantenham união estável homoafetiva a inscrição, como entidade familiar, nos programas de habitação popular (PL 261/2014); a obrigatoriedade de instalação de dispositivo eletrônico de contagem de pessoas presentes em casas noturnas (PL 24/2014); a instituição do Tratamento por meio de terapia floral na rede pública de saúde (PL 382/2013); a edição do Mapa do Ruído Urbano, com o objetivo de identificar as fontes de poluição sonora e, na sequência, propor soluções (PL 75/2013); o direito ao aleitamento materno nos espaços públicos (PL 845/2013); a criação da Política Municipal de Prevenção, Tratamento e Reinserção Social para pessoas portadoras de dependência química (PL 520/2013); e a instituição do Programa de Criação de Unidade Móvel para Atendimento Médico-Veterinário (PL 318/2012), entre outros.

Por esses motivos, minha imagem atrelada à irresponsável legenda não corresponde à realidade e denigre todo meu trabalho diante dos cidadãos paulistanos, especialmente àqueles que confiaram em mim o seu voto.

Assim, considerando a importância da Revista Veja São Paulo, da qual sou leitor, devo rechaçar este trecho da matéria que considero descabido e que atenta aos princípios democráticos da sociedade em que vivemos, uma vez que não fui procurado por nenhum repórter para esclarecer eventuais questões.

Coloco-me à disposição.

Aurélio Nomura

Vereador (PSDB)

 

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