Vereador inteira-se sobre atendimento do Cratod
Centro ligado à Secretaria de Saúde do Estado mantém serviço de referência no
tratamento, recuperação e reinserção social de dependentes químicos
O vereador Aurélio Nomura esteve hoje (14/03) em visita ao Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas) para conhecer com mais profundidade esse serviço de atendimento integral aos dependentes químicos, mantido pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que funciona na região do Parque da Luz, no bairro do Bom Retiro. O parlamentar esteve acompanhado de Mário Sérgio Sobrinho, coordenador de Políticas sobre Drogas da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania; Cid Vieira de Souza Filho, conselheiro e presidente da Comissão de Drogas da OAB-SP e de Miguel Tortorelli, coordenador da Regional Norte-SP do Amor Exigente, programa integrado por voluntários que realizam palestras de apoio e orientação aos familiares de dependentes químicos.
O objetivo do centro é a Coordenação, o Desenvolvimento e o Implemento de Políticas para tratamento; prevenção; promoção e formação de recursos humanos resultantes do conhecimento adquiridos com a prática assistencial. O parlamentar vem dedicando especial atenção ao tema que já foi abordado em dois pronunciamentos na tribuna da Câmara Municipal de São Paulo. O vereador alertou sobre o fim da parceira entre o Said (Serviço de Atenção Integral ao Dependente) e o Hospital Samaritano e destacou que o edital da Prefeitura para a contratação de uma nova entidade impõe critérios que dificultam as parcerias e comprometem os serviços.
Em conversa com o juiz Iasin Issa Ahmed, do Cratod, o vereador expôs os riscos para a manutenção da qualidade de atendimento do Said, com as novas regras do edital. “Por exemplo, o tempo de internação para desintoxicação foi reduzido para 20 dias, enquanto a média até agora é de 68 dias. Também o número de técnicos foi reduzido pela metade. Isso significa que, em média, 2,6 enfermeiros terão de cuidar de 26 pacientes adolescentes”, destacou o vereador Aurélio Nomura.
O dr. Ahmed defende a ideia de um novo espaço para o Said, “pois, atualmente, o serviço funciona num antigo motel, que obviamente não possui uma estrutura adequada”, disse o juiz. “É preciso fazer uma clínica com todas as características específicas voltadas para a recuperação do dependente. Para isso, o primeiro passo é apostar na alma dessas pessoas, pois o corpo e a mente já estão fragilizados. É preciso despertar outros atrativos para mostrar a elas que existem muitas outras coisas interessantes ao seu redor”, concluiu dr. Ahmed.