“Executivo é um péssimo gestor de recursos”
Em discurso no Plenário da Câmara, vereador Aurélio Nomura mostra que sobra dinheiro no caixa da Prefeitura, mas população continua desassistida
Na sessão desta quarta-feira (4/12), o vereador Aurélio Nomura usou a Tribuna e em seu discurso mostrou que a atual Administração vem se caracterizando pela péssima gestão dos recursos. Após estudos dos Orçamentos de 2013 e do atual, para 2014, que foi encaminhado pela Prefeitura para ser votado pela Câmara, o vereador, o único a dar voto contrário na Comissão de Finanças e Orçamento, da qual é membro, mostrou que dos R$ 42 bilhões que o Executivo tinha à disposição, só consegui executar metade. “Enquanto sobra dinheiro, a população continua desprotegida, mal atendida, sofrendo com a falta de mais creches, de mais equipamentos de saúde, de lazer, da falta generalizada de remédios, de cultura e de parques públicos”, afirmou o vereador Aurélio Nomura.
Ele citou como exemplo a Autarquia Hospitalar Municipal, responsável pela gestão de todos os hospitais municipais de São Paulo, que terá recursos de R$ 1,050 bilhão, em 2014, mas já se sabe que vão faltar R$ 400 milhões. “Os hospitais da rede pública terão condições de atender a população somente até setembro do ano que vem. Depois, não terão mais recursos. O que nos surpreende é a insensibilidade do Executivo, pois essa situação havia sido relatada na audiência pública temática da Saúde realizada em novembro passado. Na oportunidade foi pedido o reforço no orçamento da Autarquia, mas essa reivindicação não foi contemplada”, observou o parlamentar.
O vereador também expôs a situação do Serviço Funerário de São Paulo, que já foi alvo de duas audiências públicas convocadas pelo parlamentar, para que explique o péssimo serviço que presta à população. “O orçamento de 2014 destina R$ 186,5 milhões, um acréscimo de 46%. Com orçamento de mais de R$ 127 milhões, em 2013, o Serviço Funerário é um dos piores serviços públicos de São Paulo, constrangendo os munícipes nos momentos mais difíceis”, criticou o vereador Aurélio Nomura. “E não foi por falta de recursos, pois o Serviço Funerário executou apenas R$ 77 milhões, só 61% do que tinha disponível. Ou seja, sobrou verba nos cofres do Serviço Funerário, enquanto a população teve de esperar mais de 24 horas para ser atendida. Mais uma vez, isso mostra que os órgãos públicos têm recursos, mas falta competência para gerir e fazer que cheguem efetivamente em benefício da população”, afirmou o parlamentar.
Outra preocupação do vereador Aurélio Nomura é com relação aos recursos destinados às Subprefeituras no Orçamento de 2014. ”As Subprefeituras continuam a não merecer a devida atenção da atual Administração e vão continuar sem dinheiro necessário para que possam atender os munícipes e suas regiões em suas variadas reivindicações”, destacou o vereador. “Nas audiências públicas do Orçamento, essa falta de verbas foi apresentada, bem como relatada a extrema dificuldade que as Subprefeituras tinham para continuarem com os serviços de zeladoria do município, como coleta de lixo e varrição das ruas e manutenção das vias públicas. No entanto, essa solicitação, esse verdadeiro apelo dos subprefeitos não foi contemplado no Orçamento”, disse o vereador Aurélio Nomura.
Leia a íntegra do discurso no vereador Aurélio Nomura na Tribuna da Câmara