IPTU

IPTU terá apenas reajuste inflacionário em 2018

Vereadores aprovam projeto que autoriza o executivo adiar a revisão da Planta Genérica de Valores (PGV)

Na última sessão do ano (18/12) os vereadores da Câmara Municipal aprovaram o projeto que autoriza a Prefeitura de São Paulo a não fazer no ano de 2018 a revisão na Planta Genérica de Valores (PGV). Haverá apenas a correção linear pela inflação, ao redor de 3%. Com relação ao IPTU, serão mantidas as alíquotas atuais, bem como as travas de correção anual e as faixas de isenção.

As medidas visam impedir que, num momento de transição da economia e instabilidade dos preços imobiliários, um reajuste na planta provocasse distorções prejudiciais aos contribuintes. “Neste momento de incerteza ainda elevada, o Poder Público precisa ajudar, e não atrapalhar, a recuperação da economia”, disse o prefeito João Doria. “Não vamos fazer mudanças abruptas neste momento de recuperação tão necessário a São Paulo e ao país”.

A PGV é o parâmetro técnico para atividades da municipalidade ligada a questões imobiliárias, entre elas o IPTU. Em resumo, é o cadastro que fixa os valores venais dos 3,4 milhões de imóveis da Capital. São estes os valores usados de base de cálculo pela Secretaria Municipal da Fazenda para a aplicação das alíquotas do IPTU.

Por lei, a Prefeitura deve rever a cada quatro anos a planta genérica, para evitar que ela fique defasada com as constantes mudanças do mercado imobiliário. “A Secretaria da Fazenda vem fazendo estudos detalhados, mas o momento de inflexão do ciclo econômico reduz a precisão dos resultados. Neste ambiente, a boa prática de política econômica recomenda cautela”, afirma o secretário municipal da Fazenda, Caio Megale.

Daí a opção por não fazer alterações profundas na PGV. A correção pelo índice inflacionário é uma medida necessária, explica o secretário, para evitar que o poder de arrecadação municipal seja corroído pela desvalorização da moeda.

IPTU aumenta?
O ajuste da PGV limitado à inflação passada não significa que não podem haver aumentos do IPTU acima dos 3%.

“Há casos em que a revisão da Planta Genérica de 2013 ainda não foi refletida no valor do IPTU por conta das travas anuais de 10% para Pessoas Físicas e 15% para Pessoas Jurídicas”, explicou Megale. “Nesses casos, o reajuste será maior, porém, sempre limitados às travas”, esclarece o secretário.

As travas, que não serão revistas, são mecanismos de proteção para evitar que a correção da PGV não seja aplicada de imediato. Um exemplo: um munícipe que teve, em 2013, uma revisão de valor venal na PGV de 50% sofreria um reajuste de 50% no IPTU, se as travas não fossem aplicadas.

Quando isso acontece, o reajuste da PGV é amortecido, pois está diluído ao longo dos anos, obedecendo aos limites de 10% anuais.

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