Aurélio Nomura preside Sessão Solene em comemoração aos 60 anos da Aliança Cultural Brasil-Japão

Uma solenidade cheia de simbolismos marcou o aniversário da entidade

A Aliança Cultural Brasil-Japão comemorou seus 60 anos em uma Sessão Solene presidida pelo vereador Aurélio Nomura (líder do PSDB) no Salão Nobre da na Câmara Municipal de São Paulo. O evento aconteceu na noite desta sexta-feira, 18 de novembro, e contou com a presença do Cônsul Geral do Japão, Takahiro Nakamae, do presidente da Aliança Cultural Brasil-Japão, Yokio Oshiro, do presidente da Câmara do Comércio Aiichiro Matsunaga, dentre outras autoridades.

Os convidados foram recebidos com músicas tradicionais japonesas. Tamie Kitahara e o flautista Shen Ribeiro tocaram koto e Shakuhachi. Após o presidente Aurélio Nomura abrir a solenidade, o coral da Aliança, sob regência da professora Mirian Mitiyo Murakami Otachi, executaram o Hino Nacional do Japão – (Kimigayo)  e o Hino Nacional Brasileiro.

O presidente da Aliança, Yokio Oshiro, destacou a importância de relembrar os responsáveis pela fundação da entidade, que foi criada em 1956 e é considerada a maior instituição nesse segmento na América Latina. “O príncipe dos poetas, Guilherme de Almeida, tinha uma proximidade com a cultura nipônica em função das suas poesias do estilo haikai: em três linhas o poeta falava tudo o que o leitor gostaria de entender. Quando ele fundou a Aliança, ele teve a intenção de manter o laço de amizade entre brasileiros e japoneses por meio da cultura”.

Para Takahiro Nakamae, Cônsul Geral do Japão em São Paulo, “o aniversário de 60 anos dá a oportunidade para todos lembrarem desse patrimônio que não é movido por interesses econômicos, mas pelo entusiasmo cultural. Essa é uma continuidade e afinidade importantes para a nossa história e pelos imigrantes e descendentes nipo-brasileiros”.

Aurélio Nomura falou da importância da entidade. “A Aliança Cultural Brasil Japão é uma das quatro principais entidades da comunidade japonesa no nosso país e que tem se dedicado a difundir aos brasileiros o idioma, as artes e os mais variados aspectos da rica cultura japonesa”, falou.

Para os japoneses, a celebração dos 60 anos é cheia de simbolismos, o chamado Kanreki. Literalmente, kanreki significa “retornar ao calendário”, pois o sexagésimo ano de vida completa o ciclo zodiacal chinês dos 12 signos e dos 5 elementos: metal, água, madeira, fogo e terra. “A Aliança Cultural Brasil-Japão começa a escrever uma nova história, que sem dúvida continuará sendo de sucesso, de realizações e de aproximação entre os povos por meio do que eles têm de mais importante – a cultura e o conhecimento. A família Nomura tem grande honra de fazer parte dessa história, pois meu pai, o deputado Diogo Nomura, por dez anos presidiu o Conselho Superior da Aliança, cargo que agora ocupo com muito orgulho”, finalizou Nomura.

Aliança Cultural Brasil-Japão

Criada em 1956, a Aliança tem cumprido de forma expressiva sua função de incrementar o intercâmbio cultural entre o Brasil e o Japão. Tem se destacado não apenas como a maior escola de língua japonesa da América Latina, com 1.500 alunos, mas também pela produção do material didático de alta qualidade e que é utilizado pela maioria das escolas de japonês no nosso País.

A Aliança também é referência no ensino de artes tradicionais de grande significância na cultura japonesa como o origami, kiriê, ikebana e shodô dentre outros. Em seu quadro de docentes estão professores especialistas de alto nível e elevado grau de conhecimento que se atualizam e se reciclam periodicamente no Japão por meio de parcerias que a entidade mantém com instituições daquele país. Essa parceria confere à Aliança a qualidade e a liderança na difusão da milenar cultura japonesa no Brasil, e também de temas variados que dizem respeito aos dois países, sempre aliando metodologias inovadoras e criatividade.

A Aliança é fruto do sonho do poeta Guilherme de Almeida, seu primeiro presidente e que também foi um dos primeiros autores a compor poemas haicai em português. Essa vocação de aproximação e de intercâmbio entre as culturas brasileira e japonesa foi reconhecida também pelo Governo do Japão ao conferir o título de “Gaimu Daijinsho”, prêmio do Ministro das Relações Estrangeiras do Japão.